segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Chamuscada Farroupilha
















Uns dizem que sabem mas não viram. Outros dizem que viram mas não sabem. Corre pelos pagos a estória da velha maldição guapa contra forasteiros salteadores que fazem a tentativa de aproximar as afiadas garras ligeiras e ladinas do Rio Grande. Uma maldição que percorre os séculos e que pode ser registrada pelas modernas câmeras dos fotógrafos e jornalistas no acendimento da Chama Crioula nesta manhã, marcando o início das festividades farroupilhas do corrente ano. Quando a governadora foi consumar o ato pirotécnico, as labaredas do velho guasca revoltaram-se contra ela, dando-lhe uma bela chamuscada, provavelmente advertindo-lhe sobre os perigos de cometer peripécias de toda espécie no RS. Dizem alguns que presenciaram o fato, que uma labareda lambeu-lhe o ouvido e lhe sussurou algo imperceptível, e que outra entrou-lhe pela barra da saia, tosqueando-lhe as penugens da perna, causando arrepio no pelo da governadora. Mas aí é lenda, que, como muita coisa no Rio Grande, só a governadora pode falar.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Sobre recalque e parlapatices


O senador Pedro Simon (PMDB) atribui ao presidente Lula (PT) a crise do senado. A culpa sendo do Sarney (PMDB), é de Lula também, segundo sua analogia. O PT possuía candidato próprio à presidência do senado. O PMDB também. Lula, que não é senador, não vota. Mas mesmo que pudesse votar, não haveria votado em Sarney. Haveria votado em Tião Viana, o candidato do PT, partido do presidente. Simon, que é senador, podia votar. E votou. Votou em Sarney para presidente do senado. Agora, Simon vai à imprensa e brada com toda a força de sua ética, ou pelo menos de sua retórica, que a culpa pela crise do senado é de Lula. E ainda manda o presidente da república calar a boca. Claro que o presidente não obedecerá. Até porque, fora do RS, Simon é ridicularizado pelos outros senadores. Ao tentar impor sua fala sempre pautando a ética, deixa o rabo de fora e serve de chacota aos atores políticos do planalto. Apenas no RS cola sua retórica gasta contra a corrupção.
Simon sofre de alto grau de recalque. Sua construção depende de inúmeras desconstruções. E é por esta via que ele vai. Tenta desconstruir Lula e o PT, ao invés de mostrar seu trabalho, ou começar seu trabalho. Lula é tudo que Simon queria ser. Popular, querido pelo povo e, presidente do Brasil. A dor de cotovelo aguda de Simon. Simon, ao mandar que Lula cale a boca, tremenda grosseria, diga-se de passagem, não explicita realmente sua vontade. Simon não quer que Lula apenas cale a boca. Simon quer que Lula fique mudo de vez. Só assim para impedir o avanço da popularidade do presidente.
O parlapatão, como Simon é conhecido pelos corredores do senado, não poderia deixar de justificar sua alcunha. Vai à imprensa e manda o presidente Lula calar a boca. Lula nem vai dormir esta noite... Simon disse que a culpa da crise é sua e o mandou calar a boca. E a culpa da crise no RS é do PT porque não "deixa" a governadora(?) trabalhar. Aliado à Yeda no RS, Simon mostra qual é realmente a ética que o pauta. A sua ética, que é a lei do individualismo e do benefício próprio. Por que Simon não combate a corrupção no RS? Por que Simon não assume a culpa de seu partido, o PMDB, de ter eleito Sarney? Por que Simon não pede a expulsão de Sarney do PMDB, já que julga o mesmo corrupto? Por que tenta enganar a opinião pública, colocando a culpa no PT de um assunto interno de seu partido? Por que ele não apresenta o trabalho de seus mandatos para o povo gaúcho?
Apenas discursos de Simon. Discursos vazios. Há muitos anos, há muitos mandatos. E o povo do RS bate palma, ou pelo menos reelege. 2010 será um ano importante no cenário político brasileiro. Mesmo mergulhado em corrupção, o RS reelegerá Simon? O mesmo Simon que diz uma coisa e faz outra? O mesmo Simon que esconde a corrupção no RS pra baixo do tapete? O mesmo Simon que se cala quando perguntado sobre assuntos que o coloquem em contradição? O mesmo Simon que não respondeu quando um gaiato lhe perguntou: Conhece a Por do Sol?

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Vassouras sim, livros não; No RS é assim, viva a enturmação!


Após retardar o reinício das atividades escolares no RS por causa do medo da gripe A, a secretária de educação, Mariza Abreu, questionada sobre os perigos da gripe na volta às aulas, afirmou que não haverá aditivos no orçamento das escolas. Ou seja, para a compra do álcool em gel, as escolas terão que apertar o cinto no seu orçamento ou simplesmente não comprá-lo. Deve-se imginar que o orçamento das escolas não devem ser tão amplos assim, já que o governo(?) juntou turmas, fechou escolas, fez e aconteceu com o programa de investimento zero na educação.
Porém, nossa(?) secretária tem a solução para a gripe A. Além de ressaltar que água e sabão são suficientes para a higiene, a comandante sentencia para a RBS: "Se for do entendimento e da necessidade comprar álcool gel, as escolas devem se comportar como fazemos nas nossas famílias — quando a gente precisa fazer uma despesa diferente, a gente tem que reorganizar as despesas com os recursos que temos." Por que retardar o início das aulas então? É só higienizar com água e sabão.
Além disso, ela afirma que, de acordo com relatos em reuniões com diretores, algumas comunidades estavam se organizando para a aquisição de álcool gel. Ah bom, então não é papel do Estado e sim das comunidades comprar utensílios para as escolas.
Mas a pérola, fica para o gran finale. A solução para nossa educação. Mariza Abreu acredita que os estudantes precisam ter uma mudança de hábitos e mencionou que, "em outros países, os alunos ajudam na limpeza das salas de aula". Economizar em faxineiros(as), passando a tarefa aos(às) estudantes. Quem sabe com essa economia dê para comprar o álcool em gel.
Sem comentários...

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Agora Yeda tem razão


No Painel, da Folha de São Paulo de hoje, há uma reportagem com Yeda Crusius (PSDB) onde a governadora do RS avisa e sentencia, provavelmente com o dedo em riste: "Não vou cair sozinha". "Se existem irregularidades, começaram no governo do PMDB. As pessoas vão saber." Exatamente isto que os estudantes que fazem protesto desde 2008 na frente do Palácio Piratini reivindicavam. E as pessoas tem que saber. Yeda tem razão.
Pelo menos, na sua fala já está incorporada a certeza de que ela cairá. Pois quem diz "não vou cair sozinha", é porque sabe que vai cair.
A não ser que o PMDB sinta o bafo na nuca e junte alguns deputados influentes, a mídia parceira, um parlapatão e um punhado de "pouca (nenhuma) vergonha" e trave o processo. Seja o freio de mão da CPI. O que é beeeeem provável.

E por falar em circo político...


Após a informação da investigação do MPF sobre Yeda Crusius (PSDB), Carlos Crusius(PSDB), o deputado federal José Otávio Germano(PP), os deputados estaduais Luiz Fernando Záchia (PMDB) e Frederico Antunes (PP), o ex-secretário Delson Martini(PSDB), a assessora da governadora Walna Vilarins Meneses(PSDB), o vice-presidente do Banrisul, Rubens Bordini, e o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), João Luiz Vargas, a desgovernada governadora peremptóriamente classificou a ação, com toda a arrogância e impáfia que lhe são naturais, como circo político. Ela acredita em um complô do Ministro Tarso Genro(PT), o vice-governador Paulo Feijó(DEMO), o PSOL, a RBS(pasmen!) e toda sombra que rondar o Piratini.
Mas devaneios a parte, circo mesmo foi o que aconteceu na TVE (TV estatal do RS) neste último domingo, dia 09 de agosto. No dia dos pais, um presentão para a "Mamãe que não proteje mais". Entevistada(?) no programa Frente a Frente pelos imparciais jornalistas Políbio Braga, Rogério Mendelski, Hélio Gama e o apresentador Ricardo Azeredo, Yeda falou de sua maravilhosa gestão, da perseguição da mídia, do totalitarismo, dos partidos que querem ver o Rio Grande na lama, dos torturadores de crianças. Só não falou das escolas de lata, da perseguição ao MST, do fato dela ser contrária ao piso nacional dos professores, da corrupção no seu governo, do DETRAN, da compra da casa, das gravações.
Realmente, mostrou o que é um circo. E com teatro de fantoches e tudo.
Por trás das notícias, uso da TV estatal, jornalistas-fantoches (com diploma e tudo) fazendo as perguntas que ela queria responder e muita falácia para os/as telespectadores(as). Enfim, propaganda de graça na TVE.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

V. Exª conhece a Por do Sol?


No bate-boca do PMDB, ontem, no senado, uma pergunta do senador Renan Calheiros (PMDB) ao senador Pedro Simon (PMDB) ficou sem resposta: V. Exª conhece a Por do Sol?
Quem assistiu o Jornal da Globo não pode ver o questionamento, pois esta parte ficou fora da edição, mas lendo o bate-boca na íntegra, percebe-se que, várias vezes, Renan insistentemente pergunta a Simon: V. Exª conhece a Por do Sol? Em vão, pois a resposta não é dada.
E você, conhece a Por do Sol?

Tamofú



A gripe A (H1N1), vulga gripe suína, é sensação jornalística onde passa. Suposições de contágios, prevenções, alimentações preventivas e, claro, medicamentos, fazem parte das conversas entre vizinhos, nos botequins e nas famílias brasileiras. Coma cenoura, “afaste-se dos porquinhos” (como recomendou o governador de São Paulo, José Serra (PSDB)), use a máscara, não cumprimente as pessoas, não coloque a mão na boca, etc. Mas o pulo do gato está no mais novo bastião da cura, da famigerada indústria farmacêutica. Mal a plebe ignara contagia-se com o ligeirinho e astuto vírus, a expert indústria farmacêutica possui o elixir da cura do mal suíno. O mais novo famoso medicamento é o Tamiflu. Utilizado para casos de Influenza A, o medicamento está na mídia, nos telejornais e na cabeça do povão. Porém, não está a venda. O laboratório responsável fez a venda junto ao governo, que proverá o medicamento quando necessário. Isto até surgir o mercado paralelo de Tamiflu, o que, se até o momento da postagem já não existe, não demorará em acontecer. Ou até mesmo o comércio legal do Tamiflu, dando um viva ao livre mercado, por que não?
Mas o que não é novidade, é uma doença da moda assombrando o planeta, mortes em vários continentes e um único remédio salvador de um único laboratório fazendo refém governos e população. Este problema (não o vírus, a indústria farmacêutica) resulta em uma máfia da produção privada de saúde, da clientelização da saúde e da própria “fabricação de doenças” para uma posterior cura de um remédio salvador.
O caso da Influenza A é o genuíno caso de, ou o governo paga os milhões à empresa que fabrica os remédios e distribui à população nos casos necessários, ou mantém a estrutura privatizada da saúde e elitiza a cura, provocando inclusive mais e mais casos de automedicação, fruto desta privatização, fruto do tratamento da saúde enquanto mercadoria, fruto das propagandas de remédios na televisão, como se fossem refrigerantes, um absurdo.
Por trás das notícias, tamofú.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

O prêmio que Lula não ganhou. Pelo Menos no Brasil.


No dia 07 de julho do corrente ano, o presidente Lula recebeu um prêmio em Paris de muita importância para ele e, principalmente, para o Brasil. O prêmio recebido foi o badalado prêmio Félix Houphouët-Boigny, concedido pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura). E daí?
Lula foi o primeiro brasileiro a receber tal premiação e entra no rol das 23 personalidades mundiais que receberam o prêmio até hoje, como Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul, Yitzhak Rabin, ex-premiê israelense, Yasser Arafat, ex-presidente da Autoridade Nacional Palestina, e Jimmy Carter, ex-presidente dos Estados Unidos. Um terço das personalidades que receberam o Félix Houphouët-Boigny, logo após receberam o Prêmio Nobel da Paz.
Porém, aqui no Brasil ninguém ficou sabendo. Quem leu os grandes veículos de imprensa ou assistiu os mais famosos telejornais pelo menos não. A menos que tenha ficado muito atento às "notas de rodapé", submersas nas páginas recheadas de mensagens de página inteira querendo enfiar na cabeça do leitor: Lula = Sarney! Lula = Sarney! Lula = Sarney! Lembra até o Coooompre batoooommmm, como a velha jogada de marketing.
Por trás da notícia... Notícia, que notícia? O Lula nem ganhou nada.

Tugucigolpe


Retirado do http://www.blogoleone.blogspot.com/

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Diga-me com quem andas, que te direi o que farão contigo!


É, pelo jeito as companhias do presidente Zelaya incomodam muita gente em Honduras. E muita gente rica e poderosa. Desde que Zelaya assumiu posturas mais populares frente ao governo hondurenho e agregou o apoio de Venezuela e Bolívia, ou seja, de Hugo Chaves e Evo Morales, a classe abastada e poderosa de Honduras encontra-se com sangue nos olhos. Até desencadear o golpe. Mas os milicos não possuem apoio de tanta gente a ponto de continuar a farsa do golpe. O povo hondurenho, bravamente sai às ruas diariamente, mesmo com os ataques dos militares, cortes de direitos e, agora sim, quebra da constituição. Agora póóóde, como diria a humorista. Zelaya, que havia marcado sua volta ao país para última quinta-feira, aguarda o prazo dado pela OEA, de 72 horas, que expira neste sábado, dia 04 de julho, para os golpistas se entregarem. Estranho, a OEA negociando com terroristas...
O papelão fica por conta de "jornalistas" tupiniquins , que bradaram contra Zelaya, acusando-o de querer, querer, infringir a constituição e agora calam diante dos que realmente a estão infringindo. Calam diante das atrocidades dos militares. Calam perante o fim dos direitos humanos em Honduras. Tudo isso por que Zelaya é apoiado por Chaves e Morales? Mas que recalque. Mas que medo. Diga-me com quem andas, que te direi o que os militares e a imprensa farão contigo.
Por trás da notícia, muita gente reunindo esforços para manter a ordem hierárquica, antiga e ultrapassada.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Primeira morte em confrontos em Honduras





Com inúmeros feridos registrados nos confrontos entre a população e os golpistas militares em Honduras, é registrada a primeira morte. É claro que é de um civil. E tem jornalista brasileiro que defende o golpe, dizendo que o presidente queria fazer um referendo inconstitucional. E a violência? Está na constituição de Honduras? Os golpistas, que já afirmaram que prenderão o presidente se o mesmo voltar ao país, utilizam de força e violência contra a população hondurenha. Confrontos ocorrem a todo momento no país. É um golpe militar. Receita:
-invada a casa do presidente e prenda-o;
-invada rádios e feche-as;
-corte sinais de televisão;
-baixe o pau na população descontente;
-se a população continuar descontente, gás lacrimogêneo, bombas e tiros;
-dissimulação, deboche e impáfia: diga que tudo acontece dentro da normalidade, que foi feito o que tinha que ser feito, que a população apóia e que o deposto é o criminoso;
-mais bombas e violência, só pra mostrar quem manda;
-tiros e mortes;
Alguém sabe os próximos passos?
-presos políticos?
-desaparecimentos?
-mais mortes de "desordeiros"?
Esperamos que não, apesar de não faltarem entusiastas. Que a comunidade internacional e o povo hondurenho tenham força para derrubar o GOLPE.
Por trás da notícia, militares assassinos a serviço das classes dominantes, ou, mais do mesmo.

RS foi o Estado que menos investiu em Educação em 2008, diz MEC



Matéria retirada do http://www.clicrbs.com.br/
Governo gaúcho investiu 18% do orçamento na área e o mínimo exigido por lei é 25%.
Um levantamento do governo federal mostra que o Rio Grande do Sul investiu 18% do orçamento no ano passado em Educação. O mínimo exigido por lei é 25%. Foi o pior resultado no país, segundo o Ministério da Educação (MEC).
No último lugar no ranking, o governo gaúcho não pode fazer convênios para receber recursos da União,conforme o MEC. A secretária da Educação, Mariza Abreu, contesta e afirma que o Estado investiu, em 2008, 25,57% do orçamento em Educação:
— O ministério da Educação é que está fazendo um cálculo que ele não pode fazer, que é não permitir as despesas com os inativos da educação dentro das despesas com a Educação.
Sete cidades gaúchas estão na mesma situação. Porto Alegre foi a que menos investiu. Dos 25% exigidos por lei, aplicou apenas 16% dos recursos em Educação, segundo o MEC.
Outras 21 prefeituras sequer preencheram os dados e só poderão receber dinheiro do MEC quando transmitirem as informações.

Nota do Por Trás das Notícias:
Esta é a política de déficit zero que o governo Yeda quer implantar. Investimento abaixo do que determina a constituição. Por que não vemos os mesmos que defendem o golpe em Honduras, tratando o presidente como inconstitucional, defenderem a constituição no RS e em Porto Alegre com tamanho republicanismo?
A (des)governadora, desde que assumiu, priorizou os cortes na educação e cometeu atrocidades com a mesma. Desde fechamento de escolas, juntamento de turmas de série diferentes, escolas de lata, fechamento das escolas itinerantes, posição contrária ao piso nacional dos professores.
Que desgoverno! O último que sair, que apague a luz!
Por trás da notícia, o desmonte da educação do RS e a alienação de nosso povo.

Esculhambação pouca é bobagem!



A prefeitura de Porto Alegre, ao contrário de seu slogan, está quase parando. Perdeu investimentos do governo federal na ordem de 480 mil reais. O dinheiro era destinado às famílias beneficiadas pelo programa Bolsa Família e, devido à falta de cadastramento pela prefeitura, 80% das famílias não receberão o auxílio neste semestre. A incompetência, despreparo, bagunça e descaso, são alguns elementos que ajudam a compreender a façanha. O prefeito fantasma, José Fogaça(PMDB), dá mais uma amostragem de seu despreparo político e de seu descaso e falta de compromisso com a população mais humilde e vulnerável. 480 mil a menos para o povo pobre de Porto Alegre, 480 mil a menos nos comércios, na economia da capital. Mas quem vai pagar por isso são "os pobre" mesmo.
Por trás da notícia, chafurda e descaso.

Quem tem medo do MST?


A (in)Justiça Federal tomou a democrática decisão de extinguir a oferta de turmas do curso de direito para assentados da reforma agrária e seus filhos, na Universidade Federal de Goiás (UFG). O curso era subsidiado com recurso do PRONERA (Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária), não trazendo prejuízo à oferta de vagas na universidade. Os entusiastas da desigualdade comemoram a decisão da (in)Justiça Federal, bradando seus preconceitos contra os Sem Terra. Ao mesmo tempo em que comemoram o fechamento da turma, pecham os sem terra como desocupados, desordeiros e vagabundos. Porém, estavam estudando e graduando-se em uma universidade federal com o intuito de poder defender-se. Aí está o medo das oligarquias nacionais. Os sem terra qualificarem-se mais ainda do que já são. O Brasil sofre ainda com o processo político-ideológico perpretado nas décadas de chumbo até os governos FHC. Estavam apenas cursando uma faculdade de direito. Quem tem medo do MST?
Por trás da notícia, muita luta de classes.

Adeus Costa Doce?



A prefeitura de Arambaré está querendo enfiar goela abaixo da população um projeto de irrigação de lavouras de arroz da região, aumentando a captação de água doce da Lagoa dos Patos. Além de não ser divulgado, a prefeitura deu prazos escassos para solicitações de informações e questionamentos acerca do projeto. Nada foi debatido com a comunidade. O que, em uma cidade com a população de menos de 4 mil habitantes não é tão difícil. Porém, em Arambaré há a Associação Ambientalista Biguá, que trava uma batalha desigual solicitando explicações à prefeitura. Mas vamos aos problemas. O projeto de irrigação pretende aumentar o nível de captação de água doce da lagoa, o que resultará na salinização da mesma, com o fluxo de água salgada para a lagoa. Com a salinização, a vida existente na lagoa se extinguirá. Ambientalmente é um crime. Turisticamente, que é a principal fonte de renda de muitos habitantes, um fracasso. O nível da lagoa irá baixar. A água, depois de passar pelas lavouras de arroz, voltará para a lagoa. Mas com que características? Envolvida por agrotóxicos e venenos. O projeto prevê gastos da ordem de mais de 60 milhões de reais. 60 milhões. E beneficiará menos de 50 produtores. O prefeito de Arambaré, o seu Alaor(PMDB), nos deve explicações e deve explicações ao povo que o elegeu. 60 milhões de reais para um projeto de irrigação que beneficiará latifúndios privados, sendo menos de 50 produtores em uma cidade que não possui nem saneamento básico? Não pode. O povo de Arambaré e a Associação Ambientalista Biguá têm toda razão e legitimidade. Defendem a Lagoa dos Patos. O que a prefeitura e o prefeito Alaor(PMDB) têm a esconder?
Por trás da notícia, muita maracutaia...

Imprensa x Democracia


Retirado do http://tomandonacuia.blogspot.com/

A velha mídia brasileira não perde o cacuete de defender o indefensável, maquiar o que salta aos olhos, tergiversar o que é objetivo, manipular, omitir, mentir.

A notícia(?) sempre chega capenga, inundada sob um juízo de valor estanque lá pelos idos de 60, 70 e 80.

Esta charge, como algumas outras sobre o golpe em Honduras, representam com exatidão a falácia e desfaçatez de alguns articulistas e colunistas de plástico da velha mídia.

Logo quem vocifera pela liberdade de imprensa em um dos países com a imprensa mais "descontrolada", em todos os sentidos, apóia o golpe dos milicos em Honduras, que ataca o presidente legítimo, cala a mídia local e agride a população!

Por trás das notícias, fica fácil saber qual é o tipo de democracia que a velha mídia quer.

El presidente


Mesmo que não leiam o blog, fica aqui o registro, para alguns veículos da mídia brasileira, para não esquecerem quem é o único presidente de Honduras. Como já estão chamando um GOLPISTA de presidente, que não se esqueçam que Zelaya está voltando. E com todo apoio.

Quinta quente


O presidente de Honduras, Manuel Zelaya, informou que na próxima quinta-feira, dia 02 de julho, volta ao páis onde legitimamente preside, mesmo a contra-gosto dos milicos. Com todo o apoio popular, da ONU e da comunidade internacional, Zelaya é o único presidente reconhecido de Honduras, embora alguns veículos de comunicação fascistas aqui do Brasil insistam em chamar um golpista militar de presidente agora.
Os militares declararam que possuem uma ordem de captura contra o presidente. Ordem esta expedida por eles mesmo. Os golpistas dizem que Zelaya não pode entrar no país enquanto se reivindicar presidente. Mesmo assim, Zelaya não arreda o pé. É o presidente eleito, com o apoio popular e internacional.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Marca no lombo



Imagem do jornal Zero Hora, de 29 de junho de 2009, retirada do site http://www.diariogauche.blogspot.com/
Zero Hora não resiste e desconhece o GOLPE instaurado pelos militares em Honduras. Prefere tratar o presidente eleito democraticamente, Manuel Zelaya, como aliado de Chaves, marcando no lombo do presidente todo o juízo de valor da RBS. Como se tivesse o vírus influenza H1N1, Zelaya, o aliado de Chaves, foi despachado de Honduras. Zelaya é chamado de esquerdista na matéria de ZH. Marca a ferro e fogo na paleta de Zelaya como aliado de Chaves, como que colocando uma pulga atrás da orelha do já empedernido leitor acerca da instauração do golpe.
Por trás da notícia, o mesmo de sempre.

Honduras: tem gente com água na boca...


Neste domingo, dia 28 de junho de 2009, um golpe militar instaurou-se em Honduras. Os milicos invadiram a casa do presidente democraticamente eleito, Manuel Zelaya Rosales, e, sob a mira de fuzis, o levaram preso. O governo hondurenho encontra-se em poder dos militares no momento. Rádios invadidas e fechadas, sinais de televisão cortados, toque de recolher, tudo o que um bom(?)regime militar pode se dar ao luxo. O motivo? Para as próximas eleições, o presidente Manuel Zelaya propunha um referendo para consultar a população sobre a formação de uma nova constituínte.
E o que não falta aqui no Brasil é entusiasta dos militares. Acusam Zelaya de antidemocrático e golpista. É tão antidemocrático e golpista que planejava a realização de um referendo não vinculante nas próximas eleições. E vangloriam os militares, que "estão garantindo a lei e a ordem para o povo hondurenho"(sic). Sem comentários... Lei e ordem? Lei e ordem é garantir a gestão do presidente eleito. É inadmissível que, em 2009 ou em qualquer época, ocorram golpes militares, opressores e ditatoriais, que invadam a casa do presidente eleito pelo povo e prendam-no sob acusações que não caracterizam crime algum. É inadmissível que aqui no Brasil tenha gente com inveja do povo hondurenho. Ainda bem que o presidente Lula já pronunciou que não reconhece o governo dos militares em Honduras e reconhece sim, o presidente eleito democraticamente Manuel Zelaya Rosales.
Por trás da notícia um bando de viúvas do regime militar torturador do Brasil. Que se vão todos. E que não voltem nunca mais.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Ô santo forte o desse Simon!


Muito estranho, em meio a todos os fatos e evidências que vem à tona à sociedade referentes ao PMDB, nada, nenhuma notícia que faça referência ao velho Simon. Renan Calheiros, Jader Barbalho, José Sarney, Roseana Sarney, Orestes Quércia, Eliseu Padilha(que aliás, é outro com santo fortíssimo), Jarbas Vasconcelos e Pedro Simon. Todos do mesmo partido. PMDB. E aí? Ninguém vai dizer que são do mesmo partido, que a corrupção é do partido... A mídia indexa a corrupção dos PMDbistas ao Lula, que é do PT, mas não indexa ao próprio PMDB. Muito estranho! O mesmo não acontece em outras ocasiões com outros partidos. Há algo de podre no ar. A RBS trata Simon como um bastião da ética. Ele próprio coloca-se como tal. Uma discurseira sem fim. Mas por que o medo da mídia em tratar Simon como um PMDbista que é? Que santo forte esse do Simon. Se fosse com outro, já estava carimbado. Que sortudo esse Simon. Ou será que é porque Simon não pode perder a única coisa em que se agarra para se reeleger. A discurseira da ética. Pois em todos estes anos de senado, 31 para ser preciso, com pausa apenas para ser ministro do governo Sarney (O que, o Simon não falou que a crise do senado começou com o Sarney?) e governador do Estado do Rio Grande do Sul, Simon não fez nada pelo povo riograndense. Nada pela classe trabalhadora gaúcha. Nada pelos pequenos agricultores.Nada pelos professores e professoras. Nada pelo funcionalismo público. Só falando em ética. Mas na prática, agarra-se com Yeda Crusius e companhia. E se cala sobre a crise do governo gaúcho. E a mídia o deixa calar. Não o questiona. A grande mídia tem medo de perder o seu representante no senado. A grande mídia tem medo de perder seu porta voz. Os mega-empresários, proprietários dos meios de comunicação, não podem ficar sem o seu comandante. Aí calam-se diante dos fatos e deixam Simon calar.
Yeda, Eliseu Padilha, Jarbas Vasconcelos, Orestes Quércia, Jader Barbalho? Não é com o Simon. Ele é muito puro para tais maracutaias.
Por trás da notícia, santificado seja o Vosso nome, Simon!

Crise no senado, em 1986



Para começar, façamos uma breve viajem ao passado.

Em matéria da revista Veja, em 1986 (clique e leia), anunciava-se uma crise no senado brasileiro. Descobriam-se nomeações para o quadro de funcionários do senado sem a prestação de concurso público. Uma das pessoas beneficiadas, quer dizer, nomeadas, era Roseana Sarney, filha do então presidente José Sarney. Ela havia sido nomeada em janeiro de 1985, quando Sarney pai ainda era candidato a vice presidente.
Frisam-se quatro aspectos revoltantes e repugnantes: o primeiro, é óbvio, a nomeação para o quadro de funcionários permanentes sem prestação de concurso público. O segundo trata-se do modus operanti. Tudo feito sorrateiramente. Sem publicação no diário oficial, como determina e determinava à época a lei. O terceiro, talvez o mais revoltante e repugnante, é a maneira como os senadores entrevistados tratam do assunto. Trata-se de uma naturalidade, para eles. Uma prática comum e incrustrada no senado. Incrustrada assim como os afilhados políticos destes senadores e seus partidos no poder. O quarto aspecto é para abrir os olhos. Alguns nomes ali citados ainda atuam na política, e o que é pior, em cargos eletivos e representativos, como Sarney, Roseana e o governador do Rio Grande do Norte citado, que teve um primo nomeado. O hoje nobre senador José Agripino Maia(DEM). Hoje tão voraz em seus discursos pregando a ética. Só nos discursos pelo visto.
É, por trás da notícia pegamos um falastrão midiático moderno com um passado revelador e uma tropa de Sarneys, o que já nem é novidade.
1986. Atual, não?