Outro bate-estaca da Globo na última semana foi a passeata dos humoristas pela revogação da lei que proíbe humor utilizando a imagem dos políticos a três meses da eleição.
Primeiro: a lei é de 1997, com algumas emendas e retoques nos anos seguintes. Foi aprovada no congresso pelos parlamentares.
Tanto na passeata, quanto nos noticiários, o que se viu foi uma batalha triunfante pela liberdade de expressão em nosso país cerceada pelo governo federal.
Por burrice ou má-fé, os fantoches, quer dizer, os humoristas omitiram tal detalhe. E por pura má-fé, só pode ser, os telejornais da Globo omitiram também. Quem assiste aos telejornais, tanto da Globo, quanto da Band, ouve todo dia o socorro pela liberdade de imprensa. Porém no mesmo telejornal, assiste às mais duras críticas ao governo, à candidata do governo, ao partido do governo.
Bradam contra a censura, pela liberdade de expressão, trabalhando em veículos que, em décadas passadas, foram os vetores da ditadura, da censura, da perseguição, da sustentação ao golpe. Nunca tiveram tanta liberdade para falar o que quiserem. Para satirizar o que quiserem. E é aí que devem ser revistas as leis. Liberdade, quando misturada com mau-caratismo, deve sofrer sanções.
A Globo partidariza suas opiniões, a Veja (Não leia a Veja!) publica inverdades, notícias pela metade, faz campanha, propagandeia, saem como defensoras do povo e imparciais. Então que assumam seu caráter político e parcial.
Para que(m) serve o humor aos candidatos, se não temos parcialidade nem nos noticiários? Para o Marcelo Madureira, do Casseta e Planeta, que é abertamente apoiador do Serra? Para ter mais uma vertente de ataques à A ou B, já que o pedante telejornal não atinge a todos?
Humor é ótimo, essencial, inclusive, o humor (inteligente) serve até para aprofundar os conhecimentos políticos da população. Serve até para politizar. Mas humor, não propaganda!
"A tua piscina tá cheia de ratos. Tuas idéias não correspondem aos fatos. O tempo não para..."
sábado, 28 de agosto de 2010
A Globo, a Receita e o segundo turno
É interessante ver como os telejornais da Globo, desde o que começa mais cedo, até o que termina já na madrugada, abordam e “reabordam” a suposta pesquisa feita pela Receita Federal em dados de tucanos. Uma notícia de outubro de 2009 que, como mágica, torna-se pauta principal em plena campanha eleitoral, no momento crucial em que Dilma chega nas pesquisas, pela primeira vez, a vitória no primeiro turno.
E já duram dias a cobertura feita pela emissora. E todo o dia, em vários horários, o presidente do PSDB, o senador Sérgio Guerra, vocifera em rede nacional como o PT usa a máquina, usurpa a república, etc. Isso tudo sem prova alguma, diga-se de passagem. E a Globo mostra Dilma, que tem que responder sobre uma suposta pesquisa, de 2009, da Receita Federal, sem nada apurado ainda, apenas pela vontade investigativa (?) da Rede Globo.
E quando a Receita Federal apura o acontecido e dá sua versão, de que existe uma quadrilha especializada em roubar dados de contribuintes, o Willian Waack enlouquece, diz que a resposta da Receita revolta, faz cara de brabo e chama o Heraldo Pereira. O PSDB, o Sérgio Guerra, a sociedade, o telespectador, a vó do Badanha, até o Willian Waack, todos tem o direito de acreditar ou não na versão da Receita, tem o direito de desconfiar ou não da versão, das intenções do PT, de Dilma. Agora, uma emissora de TV, que vive dizendo-se imparcial, não satisfeita em entoar como mantra uma notícia durante dias, colocando a notícia de forma vaga, deixando sempre coisas “no ar”, tomar para si o sentimento de indignação, querendo demonstrar ao telespectador que a verdade está com Sérgio Guerra...
Por trás das noticias, a velha mídia tentando levar a eleição para o segundo turno.
E já duram dias a cobertura feita pela emissora. E todo o dia, em vários horários, o presidente do PSDB, o senador Sérgio Guerra, vocifera em rede nacional como o PT usa a máquina, usurpa a república, etc. Isso tudo sem prova alguma, diga-se de passagem. E a Globo mostra Dilma, que tem que responder sobre uma suposta pesquisa, de 2009, da Receita Federal, sem nada apurado ainda, apenas pela vontade investigativa (?) da Rede Globo.
E quando a Receita Federal apura o acontecido e dá sua versão, de que existe uma quadrilha especializada em roubar dados de contribuintes, o Willian Waack enlouquece, diz que a resposta da Receita revolta, faz cara de brabo e chama o Heraldo Pereira. O PSDB, o Sérgio Guerra, a sociedade, o telespectador, a vó do Badanha, até o Willian Waack, todos tem o direito de acreditar ou não na versão da Receita, tem o direito de desconfiar ou não da versão, das intenções do PT, de Dilma. Agora, uma emissora de TV, que vive dizendo-se imparcial, não satisfeita em entoar como mantra uma notícia durante dias, colocando a notícia de forma vaga, deixando sempre coisas “no ar”, tomar para si o sentimento de indignação, querendo demonstrar ao telespectador que a verdade está com Sérgio Guerra...
Por trás das noticias, a velha mídia tentando levar a eleição para o segundo turno.
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