terça-feira, 30 de junho de 2009

Primeira morte em confrontos em Honduras





Com inúmeros feridos registrados nos confrontos entre a população e os golpistas militares em Honduras, é registrada a primeira morte. É claro que é de um civil. E tem jornalista brasileiro que defende o golpe, dizendo que o presidente queria fazer um referendo inconstitucional. E a violência? Está na constituição de Honduras? Os golpistas, que já afirmaram que prenderão o presidente se o mesmo voltar ao país, utilizam de força e violência contra a população hondurenha. Confrontos ocorrem a todo momento no país. É um golpe militar. Receita:
-invada a casa do presidente e prenda-o;
-invada rádios e feche-as;
-corte sinais de televisão;
-baixe o pau na população descontente;
-se a população continuar descontente, gás lacrimogêneo, bombas e tiros;
-dissimulação, deboche e impáfia: diga que tudo acontece dentro da normalidade, que foi feito o que tinha que ser feito, que a população apóia e que o deposto é o criminoso;
-mais bombas e violência, só pra mostrar quem manda;
-tiros e mortes;
Alguém sabe os próximos passos?
-presos políticos?
-desaparecimentos?
-mais mortes de "desordeiros"?
Esperamos que não, apesar de não faltarem entusiastas. Que a comunidade internacional e o povo hondurenho tenham força para derrubar o GOLPE.
Por trás da notícia, militares assassinos a serviço das classes dominantes, ou, mais do mesmo.

RS foi o Estado que menos investiu em Educação em 2008, diz MEC



Matéria retirada do http://www.clicrbs.com.br/
Governo gaúcho investiu 18% do orçamento na área e o mínimo exigido por lei é 25%.
Um levantamento do governo federal mostra que o Rio Grande do Sul investiu 18% do orçamento no ano passado em Educação. O mínimo exigido por lei é 25%. Foi o pior resultado no país, segundo o Ministério da Educação (MEC).
No último lugar no ranking, o governo gaúcho não pode fazer convênios para receber recursos da União,conforme o MEC. A secretária da Educação, Mariza Abreu, contesta e afirma que o Estado investiu, em 2008, 25,57% do orçamento em Educação:
— O ministério da Educação é que está fazendo um cálculo que ele não pode fazer, que é não permitir as despesas com os inativos da educação dentro das despesas com a Educação.
Sete cidades gaúchas estão na mesma situação. Porto Alegre foi a que menos investiu. Dos 25% exigidos por lei, aplicou apenas 16% dos recursos em Educação, segundo o MEC.
Outras 21 prefeituras sequer preencheram os dados e só poderão receber dinheiro do MEC quando transmitirem as informações.

Nota do Por Trás das Notícias:
Esta é a política de déficit zero que o governo Yeda quer implantar. Investimento abaixo do que determina a constituição. Por que não vemos os mesmos que defendem o golpe em Honduras, tratando o presidente como inconstitucional, defenderem a constituição no RS e em Porto Alegre com tamanho republicanismo?
A (des)governadora, desde que assumiu, priorizou os cortes na educação e cometeu atrocidades com a mesma. Desde fechamento de escolas, juntamento de turmas de série diferentes, escolas de lata, fechamento das escolas itinerantes, posição contrária ao piso nacional dos professores.
Que desgoverno! O último que sair, que apague a luz!
Por trás da notícia, o desmonte da educação do RS e a alienação de nosso povo.

Esculhambação pouca é bobagem!



A prefeitura de Porto Alegre, ao contrário de seu slogan, está quase parando. Perdeu investimentos do governo federal na ordem de 480 mil reais. O dinheiro era destinado às famílias beneficiadas pelo programa Bolsa Família e, devido à falta de cadastramento pela prefeitura, 80% das famílias não receberão o auxílio neste semestre. A incompetência, despreparo, bagunça e descaso, são alguns elementos que ajudam a compreender a façanha. O prefeito fantasma, José Fogaça(PMDB), dá mais uma amostragem de seu despreparo político e de seu descaso e falta de compromisso com a população mais humilde e vulnerável. 480 mil a menos para o povo pobre de Porto Alegre, 480 mil a menos nos comércios, na economia da capital. Mas quem vai pagar por isso são "os pobre" mesmo.
Por trás da notícia, chafurda e descaso.

Quem tem medo do MST?


A (in)Justiça Federal tomou a democrática decisão de extinguir a oferta de turmas do curso de direito para assentados da reforma agrária e seus filhos, na Universidade Federal de Goiás (UFG). O curso era subsidiado com recurso do PRONERA (Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária), não trazendo prejuízo à oferta de vagas na universidade. Os entusiastas da desigualdade comemoram a decisão da (in)Justiça Federal, bradando seus preconceitos contra os Sem Terra. Ao mesmo tempo em que comemoram o fechamento da turma, pecham os sem terra como desocupados, desordeiros e vagabundos. Porém, estavam estudando e graduando-se em uma universidade federal com o intuito de poder defender-se. Aí está o medo das oligarquias nacionais. Os sem terra qualificarem-se mais ainda do que já são. O Brasil sofre ainda com o processo político-ideológico perpretado nas décadas de chumbo até os governos FHC. Estavam apenas cursando uma faculdade de direito. Quem tem medo do MST?
Por trás da notícia, muita luta de classes.

Adeus Costa Doce?



A prefeitura de Arambaré está querendo enfiar goela abaixo da população um projeto de irrigação de lavouras de arroz da região, aumentando a captação de água doce da Lagoa dos Patos. Além de não ser divulgado, a prefeitura deu prazos escassos para solicitações de informações e questionamentos acerca do projeto. Nada foi debatido com a comunidade. O que, em uma cidade com a população de menos de 4 mil habitantes não é tão difícil. Porém, em Arambaré há a Associação Ambientalista Biguá, que trava uma batalha desigual solicitando explicações à prefeitura. Mas vamos aos problemas. O projeto de irrigação pretende aumentar o nível de captação de água doce da lagoa, o que resultará na salinização da mesma, com o fluxo de água salgada para a lagoa. Com a salinização, a vida existente na lagoa se extinguirá. Ambientalmente é um crime. Turisticamente, que é a principal fonte de renda de muitos habitantes, um fracasso. O nível da lagoa irá baixar. A água, depois de passar pelas lavouras de arroz, voltará para a lagoa. Mas com que características? Envolvida por agrotóxicos e venenos. O projeto prevê gastos da ordem de mais de 60 milhões de reais. 60 milhões. E beneficiará menos de 50 produtores. O prefeito de Arambaré, o seu Alaor(PMDB), nos deve explicações e deve explicações ao povo que o elegeu. 60 milhões de reais para um projeto de irrigação que beneficiará latifúndios privados, sendo menos de 50 produtores em uma cidade que não possui nem saneamento básico? Não pode. O povo de Arambaré e a Associação Ambientalista Biguá têm toda razão e legitimidade. Defendem a Lagoa dos Patos. O que a prefeitura e o prefeito Alaor(PMDB) têm a esconder?
Por trás da notícia, muita maracutaia...

Imprensa x Democracia


Retirado do http://tomandonacuia.blogspot.com/

A velha mídia brasileira não perde o cacuete de defender o indefensável, maquiar o que salta aos olhos, tergiversar o que é objetivo, manipular, omitir, mentir.

A notícia(?) sempre chega capenga, inundada sob um juízo de valor estanque lá pelos idos de 60, 70 e 80.

Esta charge, como algumas outras sobre o golpe em Honduras, representam com exatidão a falácia e desfaçatez de alguns articulistas e colunistas de plástico da velha mídia.

Logo quem vocifera pela liberdade de imprensa em um dos países com a imprensa mais "descontrolada", em todos os sentidos, apóia o golpe dos milicos em Honduras, que ataca o presidente legítimo, cala a mídia local e agride a população!

Por trás das notícias, fica fácil saber qual é o tipo de democracia que a velha mídia quer.

El presidente


Mesmo que não leiam o blog, fica aqui o registro, para alguns veículos da mídia brasileira, para não esquecerem quem é o único presidente de Honduras. Como já estão chamando um GOLPISTA de presidente, que não se esqueçam que Zelaya está voltando. E com todo apoio.

Quinta quente


O presidente de Honduras, Manuel Zelaya, informou que na próxima quinta-feira, dia 02 de julho, volta ao páis onde legitimamente preside, mesmo a contra-gosto dos milicos. Com todo o apoio popular, da ONU e da comunidade internacional, Zelaya é o único presidente reconhecido de Honduras, embora alguns veículos de comunicação fascistas aqui do Brasil insistam em chamar um golpista militar de presidente agora.
Os militares declararam que possuem uma ordem de captura contra o presidente. Ordem esta expedida por eles mesmo. Os golpistas dizem que Zelaya não pode entrar no país enquanto se reivindicar presidente. Mesmo assim, Zelaya não arreda o pé. É o presidente eleito, com o apoio popular e internacional.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Marca no lombo



Imagem do jornal Zero Hora, de 29 de junho de 2009, retirada do site http://www.diariogauche.blogspot.com/
Zero Hora não resiste e desconhece o GOLPE instaurado pelos militares em Honduras. Prefere tratar o presidente eleito democraticamente, Manuel Zelaya, como aliado de Chaves, marcando no lombo do presidente todo o juízo de valor da RBS. Como se tivesse o vírus influenza H1N1, Zelaya, o aliado de Chaves, foi despachado de Honduras. Zelaya é chamado de esquerdista na matéria de ZH. Marca a ferro e fogo na paleta de Zelaya como aliado de Chaves, como que colocando uma pulga atrás da orelha do já empedernido leitor acerca da instauração do golpe.
Por trás da notícia, o mesmo de sempre.

Honduras: tem gente com água na boca...


Neste domingo, dia 28 de junho de 2009, um golpe militar instaurou-se em Honduras. Os milicos invadiram a casa do presidente democraticamente eleito, Manuel Zelaya Rosales, e, sob a mira de fuzis, o levaram preso. O governo hondurenho encontra-se em poder dos militares no momento. Rádios invadidas e fechadas, sinais de televisão cortados, toque de recolher, tudo o que um bom(?)regime militar pode se dar ao luxo. O motivo? Para as próximas eleições, o presidente Manuel Zelaya propunha um referendo para consultar a população sobre a formação de uma nova constituínte.
E o que não falta aqui no Brasil é entusiasta dos militares. Acusam Zelaya de antidemocrático e golpista. É tão antidemocrático e golpista que planejava a realização de um referendo não vinculante nas próximas eleições. E vangloriam os militares, que "estão garantindo a lei e a ordem para o povo hondurenho"(sic). Sem comentários... Lei e ordem? Lei e ordem é garantir a gestão do presidente eleito. É inadmissível que, em 2009 ou em qualquer época, ocorram golpes militares, opressores e ditatoriais, que invadam a casa do presidente eleito pelo povo e prendam-no sob acusações que não caracterizam crime algum. É inadmissível que aqui no Brasil tenha gente com inveja do povo hondurenho. Ainda bem que o presidente Lula já pronunciou que não reconhece o governo dos militares em Honduras e reconhece sim, o presidente eleito democraticamente Manuel Zelaya Rosales.
Por trás da notícia um bando de viúvas do regime militar torturador do Brasil. Que se vão todos. E que não voltem nunca mais.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Ô santo forte o desse Simon!


Muito estranho, em meio a todos os fatos e evidências que vem à tona à sociedade referentes ao PMDB, nada, nenhuma notícia que faça referência ao velho Simon. Renan Calheiros, Jader Barbalho, José Sarney, Roseana Sarney, Orestes Quércia, Eliseu Padilha(que aliás, é outro com santo fortíssimo), Jarbas Vasconcelos e Pedro Simon. Todos do mesmo partido. PMDB. E aí? Ninguém vai dizer que são do mesmo partido, que a corrupção é do partido... A mídia indexa a corrupção dos PMDbistas ao Lula, que é do PT, mas não indexa ao próprio PMDB. Muito estranho! O mesmo não acontece em outras ocasiões com outros partidos. Há algo de podre no ar. A RBS trata Simon como um bastião da ética. Ele próprio coloca-se como tal. Uma discurseira sem fim. Mas por que o medo da mídia em tratar Simon como um PMDbista que é? Que santo forte esse do Simon. Se fosse com outro, já estava carimbado. Que sortudo esse Simon. Ou será que é porque Simon não pode perder a única coisa em que se agarra para se reeleger. A discurseira da ética. Pois em todos estes anos de senado, 31 para ser preciso, com pausa apenas para ser ministro do governo Sarney (O que, o Simon não falou que a crise do senado começou com o Sarney?) e governador do Estado do Rio Grande do Sul, Simon não fez nada pelo povo riograndense. Nada pela classe trabalhadora gaúcha. Nada pelos pequenos agricultores.Nada pelos professores e professoras. Nada pelo funcionalismo público. Só falando em ética. Mas na prática, agarra-se com Yeda Crusius e companhia. E se cala sobre a crise do governo gaúcho. E a mídia o deixa calar. Não o questiona. A grande mídia tem medo de perder o seu representante no senado. A grande mídia tem medo de perder seu porta voz. Os mega-empresários, proprietários dos meios de comunicação, não podem ficar sem o seu comandante. Aí calam-se diante dos fatos e deixam Simon calar.
Yeda, Eliseu Padilha, Jarbas Vasconcelos, Orestes Quércia, Jader Barbalho? Não é com o Simon. Ele é muito puro para tais maracutaias.
Por trás da notícia, santificado seja o Vosso nome, Simon!

Crise no senado, em 1986



Para começar, façamos uma breve viajem ao passado.

Em matéria da revista Veja, em 1986 (clique e leia), anunciava-se uma crise no senado brasileiro. Descobriam-se nomeações para o quadro de funcionários do senado sem a prestação de concurso público. Uma das pessoas beneficiadas, quer dizer, nomeadas, era Roseana Sarney, filha do então presidente José Sarney. Ela havia sido nomeada em janeiro de 1985, quando Sarney pai ainda era candidato a vice presidente.
Frisam-se quatro aspectos revoltantes e repugnantes: o primeiro, é óbvio, a nomeação para o quadro de funcionários permanentes sem prestação de concurso público. O segundo trata-se do modus operanti. Tudo feito sorrateiramente. Sem publicação no diário oficial, como determina e determinava à época a lei. O terceiro, talvez o mais revoltante e repugnante, é a maneira como os senadores entrevistados tratam do assunto. Trata-se de uma naturalidade, para eles. Uma prática comum e incrustrada no senado. Incrustrada assim como os afilhados políticos destes senadores e seus partidos no poder. O quarto aspecto é para abrir os olhos. Alguns nomes ali citados ainda atuam na política, e o que é pior, em cargos eletivos e representativos, como Sarney, Roseana e o governador do Rio Grande do Norte citado, que teve um primo nomeado. O hoje nobre senador José Agripino Maia(DEM). Hoje tão voraz em seus discursos pregando a ética. Só nos discursos pelo visto.
É, por trás da notícia pegamos um falastrão midiático moderno com um passado revelador e uma tropa de Sarneys, o que já nem é novidade.
1986. Atual, não?